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domingo, 11 de agosto de 2013

Família maranhense diz ter recebido vários milagres atribuidos a Nossa Senhora

Você acredita em milagres? Seja qual for a resposta vale a pena ler a reportagem, abaixo, em que uma família tradicional de Imperatriz (MA), afirma ter recebido vários milagres de Deus por intermédio de Nossa Senhora, a mãe de Jesus.  Publicada pelo jornal O Estado do Maranhão, a história de João Maurício e Inalda Martins é uma referência na cidade de 250 mil habitantes localizada na região sudoeste do Maranhão. Confira:
João Maurício e Inalda Martins: fé, acima de tudo. Foto: João Rodrigues.
João Maurício e Inalda Martins: fé, acima de tudo. Foto: João Rodrigues.
IMPERATRIZ- A fé que alimentou santos e mártires da Igreja Católica ao longo dos tempos continua indispensável à transformação do ser humano, como sugere a Bíblia em várias passagens. Em uma delas, São Mateus conta, no capítulo 17, versículo 20, que, se o homem tiver fé pelo menos do tamanho de um grão de mostarda poderá remover uma montanha de lugar.
Foi com base nessa fé incondicional a Deus, por meio da intervenção de Nossa Senhora, que o técnico em telecomunicações João Maurício Martins e a mulher, Inalda Martins (dona de casa), dizem ter recebido graças que transformaram a vida da família.
A morte prematura de Talita (1987), primeira filha do casal, e o vício do marido em bebidas alcoólicas desesperou a mulher. A perda e um bar dentro de casa levaram Inalda Martins a uma rotina de orações e preces.
“Na ida ao supermercado, eu tinha que passar primeiro na seção de bebidas, porque às vezes já estava faltando e me sentia incomodada. Um dia comecei a tirar uma garrafa e colocar um santo”, relembrou a dona de casa.
Inalda Martins disse que ainda pensou em doar a bebida, mas mudou de ideia por entender que estaria apenas repassando o mal para o vizinho. “Com as orações e a perseverança, as garrafas iam sumindo e as imagens de santos aumentando, tanto que agora dou graças a Deus porque não existem mais bebidas aqui em casa. No lugar do bar, existe um altar”, comemorou.
No mesmo período, Inalda Martins disse ter feito preces, pedindo para voltar a ter filhos porque já havia tentado muitas vezes sem sucesso em um período de um ano e oito meses.
“Eu tinha tudo que se pode achar que traz a felicidade, mas eu queria filhos. Um dia eu pedi a Deus quatro filhos em três anos, embora tenha duvidado inicialmente. Afinal, um filho leva quase um ano para nascer”, comentou a mulher. Na impossibilidade de quatro filhos, ela chegou a sugerir gêmeos, mas confessou que se surpreendeu ao ter quatro filhos em três anos.
“Fiz um ultrassom, pois achava que estava grávida e, ao chegar em casa, passei a mão na minha barriga e escutei uma voz falando no meu ouvido: ‘Estão bem aí os gêmeos que pediu’. Era a própria voz de Deus”, salientou a mulher de João Maurício.
A mesma médica que havia duvidado da possibilidade da gravidez de Inalda Martins admitiu ter dois fetos em gestação. “Era um milagre”, sentenciou a grávida. Além desse, ela também disse ter conseguido pequenos milagres, como o que envolveu Pedro Henrique em um dia em que o filho adolescente insistiu em ir para uma festa, mesmo com a desaprovação da mãe. Depois de pedir várias vezes para o filho ficar em casa, resolveu apelar a Nossa Senhora.
“Quando ele saiu, eu pedi a Maria Santíssima que trouxesse meu filho de volta para casa. Em questão de segundos a campainha tocou e era ele”, narrou Inalda Martins, acrescentando que o rapaz apenas disse que não queria mais ir para a festa. “Foi Nossa Senhora que trouxe ele de volta”, ressaltou.
João Maurício e Inalda Martins congregam na paróquia de São Francisco de Assis, mas trabalham ajudam no Festejo de Santo Antônio de Pádua- Foto: João Rodrigues.
João Maurício e Inalda Martins congregam na paróquia de São Francisco de Assis, mas trabalham ajudam no Festejo de Santo Antônio de Pádua- Foto: João Rodrigues.
Religiosidade – A casa de classe média alta, localizada em frente à Paróquia de Santo Antonio de Pádua, no bairro Nova Imperatriz, transmite a religiosidade da família. Um terço gigante está pendurado na área de trabalho, em frente à porta principal. A janela ao lado também tem duas imagens de Nossa Senhora. O rosto de Jesus está esculpido em madeira, também exposto na área de trabalho.
A primeira visão de quem entra na sala é de um altar, em que estão 17 imagens e quadros de santos ou pessoas com algum dom especial. No alto da parede está o oratório de Nossa Senhora Aparecida, no altar, uma outra imagem da santa divide espaço com santos católicos como São Francisco de Assis, Santo Antônio, Nossa Senhora Auxiliadora, Coração de Jesus, Nossa Senhora de Fátima, São José, Santa Clara, Santa Teresa d’Ávila e São Jorge. Há um quadro da Santa Gianna Beretta Molla e uma foto de Talita.
Quadros em que se destacam as estações da Via Sacra foram dispostos na parede, acima do altar, além de vários livros sobre santos, dezenas de terços, alguns deles, Inalda Martins tinha enrolados nas mãos no momento em que conversou com O Estado.
A casa tem 140 metros quadrados, três quartos, cozinha, sala, banheiro e área de serviço. O altar é quase na mesma proporção do balcão do bar, que agora está abandonado em um quarto.
João Maurício disse que a fé o levou a adotar mudanças no sistema de segurança da casa. “O antigo dono dizia que, mesmo com cerca elétrica, sempre tinha ladrão entrando no imóvel. Tirei a cerca elétrica e coloquei os santos e nunca deu ladrão”, comemorou.
Catolicismo é tradição familiar
Altar montado na sala chama a atenção dos visitantes da casa. Foto: João Rodrigues.
Altar montado na sala chama a atenção dos visitantes da casa. Foto: João Rodrigues.
O técnico em telecomunicações João Maurício Martins disse que nasceu em uma família paraense e tradicionalmente católica e tem uma grande devoção por Nossa Senhora e sabe justificar os vários nomes que a santa recebe. “Nossa Senhora é só uma, mas dependendo do lugar e das circunstâncias recebe um nome diferente como Nossa Senhora Auxiliadora, Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Fátima”, justificou.
A mulher de João Maurício, Inalda Martins, disse que um dos motivos que a fez rezar todos os dias foi uma bênção alcançada para a filha Tainá, ocasião do ingresso da jovem no curso de Medicina da Universidade Estadual do Pará (Uepa), em 2008. Depois de dois anos de cursinho, ela fez uma promessa a Nossa Senhora Aparecida. Rezaria um rosário todo dia, por toda a sua vida.
Um rosário é em agradecimento e outro para quem necessitasse de orações. O rosário são quatro terços – em cada terço são rezadas 50 Ave-Marias e cinco Pai-Nossos, considerada uma das orações mais extensas da Igreja Católica.
Para cumprir a promessa, a dona de casa inicia a reza do terço por volta das 6h. Segue rezando até por volta das 8h. Nas preces estão a família, os amigos, o Papa Francisco, o bispo dom Gilberto Pasta e todo o clero.
A mulher disse ainda que nos últimos dias amigos também estão deixando papéis com o nome de pessoas que desejam receber orações. “As pessoas são muito carentes de oração. Às vezes vão a uma exposição e compram um quadro caríssimo, mas não pagam nada por um santo. Se uma pessoa pede uma oração é porque está necessitada”, raciocinou.
Inalda Martins disse que não se incomoda se for chamada de louca porque tem consciência de que está fazendo certo e conseguiu ainda que os filhos sejam religiosos. Tainá, em Belém (PA), também, montou um altar, segundo a mãe.
Mais
Os filhos de João Maurício e Inalda Martins são: Talita (falecida), Tayná, Bruna Maria, João Luciano e Pedro Henrique. Bruna é oceanógrafa, Tayná está concluindo o curso de medicina, Pedro Henrique cursa engenharia ambiental e João Luciano estuda cinema. (O Estado do Maranhão, edição do dia 02 de junho de 2013). João Rodrigues

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